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O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), criado e mantido pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), iniciou suas atividades em 2015 com a primeira graduação em Engenharia de Inovação no Brasil. Em 2013, o instituto e o curso foram avaliados, aprovados e homologados pelo Ministério da Educação (MEC). Neste segundo semestre, o Isitec realiza o seu quinto processo seletivo, cujas inscrições terminam no próximo dia 20 de junho (saiba como se inscrever aqui). São oferecidas bolsas integrais e parciais, e o postulante pode usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para isenção na taxa.

 

Quem aborda esse pioneirismo dos engenheiros de São Paulo, que tem o apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), é o professor José Marques Póvoa, diretor de graduação do Isitec. De forma entusiasmada, o docente salienta que o curso procura inovar também no ambiente de aprendizado: “Nossas aulas estão baseadas no método ativo-colaborativo, em que o professor atua muito mais como um mediador.” Para essa metodologia, prossegue ele, as salas de aula têm mesas-redondas com cadeiras em que os estudantes e também os docentes se sentam para interagir, dialogar e aprender. Confira todos os detalhes do curso na entrevista a seguir.

O senhor poderia nos falar sobre o curso Engenharia de Inovação em termos de grade curricular, pedagogia, ensino em sala de aula, laboratório?
José Marques Póvoa – Em primeiro lugar, é bom esclarecer que inovação não está necessariamente ligada à tecnologia. Ela é, antes de tudo, uma mudança que deve ocorrer na concepção do que é ser um profissional e em particular da área de engenharia. Em relação à grade curricular, buscamos recuperar o conceito histórico da engenharia, lembrando que no início existia a engenharia militar e aí surgiu a civil, que procurava resolver os problemas da sociedade em geral. Os primeiros engenheiros civis se deparavam com problemas mais simples e menos complexos com relação ao mundo atual, por exemplo, construção de estradas, pontes e casas, o inicio da iluminação pública (lampiões) e do saneamento etc..

Essa realidade mudou muito.
Póvoa – Sim. Hoje os problemas estão bem mais complexos. No decorrer dos últimos anos surgiram diversas engenharias para dar contar de tanta complexidade. A ideia da nossa graduação é reunir os conhecimentos básicos dessas várias modalidades para que o profissional possa atuar em diferentes vertentes da área sem que para isso seja um especialista em cada uma delas.

Para quais desafios o Isitec prepara o estudante?
Póvoa – Para enfrentar desafios que ainda não sabemos quais serão; para resolver problemas que não temos a mínima ideia de quais são; e para utilizar tecnologias que sequer foram desenvolvidas. Devemos preparar esses jovens para se tornarem uma espécie de multiespecialista, ou seja, que sejam capazes de atuar em diferentes vertentes das engenharias. Para que isso ocorra, esse profissional deve aprender a aprender cada vez mais rápido. Esse nos parece ser o desafio do futuro profissional. Veja que a inovação está muito mais na mudança do indivíduo do que na tecnologia. Por isso, esse profissional deve ser capacitado para um desafio muito maior. É uma mudança no paradigma do que é ser um profissional, na forma de pensar e atuar. É isso que estamos buscando construir no Isitec. Salas de aula acompanham proposta inovadora do Isitec, com mesas redondas em que alunos e professores interagem.

Então a grade curricular acompanha essa mudança de paradigma.
Póvoa – Para capacitar a esses novos desafios, a Engenharia de Inovação procura reunir em sua grade curricular disciplinas básicas dos cursos da civil, da ambiental, da química, da elétrica, da automação e controle, de produção (gestão), da física, além de disciplinas que procuram prepará-los para ser empreendedores. Temos como foco principal formar um engenheiro com visão sistêmica de todas as modalidades da área, bem como englobar o desenvolvimento do pensamento criativo, inovador e empreendedor, de maneira a desenvolver a cultura de inovação. O que só se concretizará se houver uma visão integradora das esferas do conhecimento e do comportamento humano, tecnológico e de negócios. A formação do engenheiro de inovação está alicerçada nessas três características. Tudo isso consta do projeto político-pedagógico do curso e permeia transversalmente todos os conteúdos programáticos.

E como são abordados os conhecimentos tecnológicos?
Póvoa – No que tange, particularmente, aos conhecimentos tecnológicos, o estudante terá contato com os fundamentos básicos das engenharias tradicionais, não só no que diz respeito ao núcleo de formação básica (matemática e ciências naturais), mas também ao núcleo de formação profissionalizante e específica. Nesse grupo, o nosso estudante terá os fundamentos básicos, entre outros, de mecânica dos fluidos, sistemas estruturais, tecnologia das construções, ciências ambientais, técnicas de sensoriamento, eletrodinâmica, eletrônica, geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, lógica digital, robótica, computação científica, termodinâmica e máquinas térmicas, química tecnológica, propriedades e uso de materiais, física moderna, engenharia financeira e de segurança, gestão da qualidade e de projetos, introdução à economia, planejamento estratégico e teoria de jogos e sociologia industrial e do trabalho.

 

Por Rosângela Ribeiro Gil

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